terça-feira, 28 de abril de 2009

Destino ação.

Distraidamente, sigo pela estrada recolhendo partes de um quebra-cabeça.
São pecinhas miudinhas, e num primeiro momento não consigo identificar quantas s(er)ão...
Algumas parecem tristes, outras alegres, outras confusas, mais algumas inconstantes...
Enfim, são muitas e diversas, mas vão se compondo em um todo que não me é totalmente inteligível.
Mas que também não me é estranho por completo.
Dizem respeito ao que fui e, portanto, ao que sou.
Mudo a estrada e outras pecinhas se recompõem a minha volta.
Enquanto não as toco elas ainda são mutáveis.
Quando as alcanço elas passam a ser os traços de meu caminho trilhado.
São aquilo que fiz.
Resultados de minhas escolhas.
São minhas grandes descobertas por um caminho de múltiplas possibilidades encobertas.
Refletem a construção de um processo contínuo até o último suspiro.
Este advindo da última pecinha encontrada. Até esta, sigo colhendo nesse jardim instável, uma a uma, cada pecinha.